Por que os jovens estão infelizes? A ciência explica

A ideia de que a juventude é a fase mais radiante e despreocupada da vida está sendo desmontada por dados científicos. Um estudo global e abrangente, liderado pelo renomado economista David Blanchflower, da Universidade de Dartmouth, revela uma inversão preocupante: os jovens são agora a geração mais infeliz, contrariando décadas de pesquisas que mostravam a felicidade em forma de "U" ao longo da vida.

O fim da curva de felicidade em "U": O que mudou?

Durante anos, a ciência sustentou a teoria do "U-bend of happiness". A felicidade seria alta na infância e juventude, caía na meia-idade e voltava a subir após os 50 anos. No entanto, a nova pesquisa publicada em 2025 demonstra que esse padrão histórico foi radicalmente alterado.

"Agora, os jovens adultos (em média) são as pessoas menos felizes. A infelicidade agora diminui com a idade, e a felicidade agora aumenta com a idade – e essa mudança parece ter começado por volta de 2017."

A crise de infelicidade entre os jovens

A pesquisa, que analisou dados de 145 países (incluindo 109 em desenvolvimento e 36 desenvolvidos), aponta para uma crise global de bem-estar que atinge desproporcionalmente os jovens adultos.

Queda sem precedentes

O bem-estar dos jovens começou a declinar por volta de 2014/2015, resultando em uma curva que agora se assemelha mais a uma linha reta descendente.

Divisão de gênero

O impacto é mais severo entre as mulheres jovens. Nos EUA, aproximadamente uma em cada nove mulheres jovens relata ter um dia ruim para a saúde mental diariamente. Entre os homens jovens, a estatística é de um em cada 14.

Crise de saúde ental

O estudo também aponta aumentos significativos em hospitalizações por automutilação, tentativas de suicídio e procura por serviços de saúde mental entre os jovens.

O que está causando essa infelicidade juvenil?

David Blanchflower é categórico ao afirmar que explicações simplistas não são suficientes. A epidemia de COVID-19 e as flutuações no mercado de trabalho não explicam totalmente a mudança de padrão, que começou antes da pandemia e persiste mesmo em períodos de melhora econômica.

"Algo que comece por volta de 2014, seja global e tenha impacto desproporcional sobre os jovens – especialmente as mulheres jovens."

Essa constatação serve como um alerta: entender as causas desse fenômeno é essencial para que políticas públicas, iniciativas educacionais e programas de saúde mental consigam reverter a tendência e oferecer suporte real à juventude.

Um alerta que exige ação imediata

A mudança no padrão de felicidade é mais do que um dado estatístico; é um reflexo de uma crise profunda de saúde mental e bem-estar. A fala do pesquisador soa como um alerta urgente:

"Isso é meio assustador, e deveríamos ter feito algo sobre isso anos atrás."

Compreender as causas complexas por trás desse fenômeno — que podem envolver redes sociais, pressões acadêmicas e profissionais, instabilidade econômica global e outros fatores — é o primeiro passo para reverter esse cenário.

Lyankyz

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